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145 mulheres são internadas diariamente para tratamento de varizes

Os dados são da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular

Por Antonio Neres em 29/03/2023 às 10:59:06

Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular mostram que 145 mulheres são internadas todos os dias no Brasil para tratamento de varizes. O cĂĄlculo é que, a cada hora, em média, seis mulheres são submetidas a cirurgias para tratar do problema apenas na rede pĂșblica. Apesar dos altos nĂșmeros, a entidade alerta que muitos casos represados durante a pandemia de covid-19 podem ainda não ter sido tratados.

O levantamento, elaborado a partir de informações disponĂ­veis na base de dados do Ministério da SaĂșde, mostra que as varizes são amplamente mais comuns em mulheres. Na série histórica analisada, entre 2013 e 2022, 76% dos 695 mil casos registrados foram em pessoas do sexo feminino, totalizando 529 mil mulheres submetidas ao tratamento nos Ășltimos dez anos.

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A entidade responsĂĄvel pelo estudo destaca que não se trata apenas de uma questão estética e que, sem o cuidado devido, as varizes implicam perda de qualidade de vida, causando dores e desconforto. O problema compromete a rotina de milhares de brasileiras e pode evoluir para situações graves e de difĂ­cil reversão.

Pandemia

Com 45,8 mil mulheres internadas por varizes em 2022, o banco de dados do Sistema Único de SaĂșde (SUS) registrou aumento de 103,4% em comparação ao ano anterior, quando 22,5 mil mulheres foram internadas pelo problema na rede pĂșblica. O nĂșmero ainda é 26% menor que a média de procedimentos que notificada nos anos anteriores.

O levantamento mostra que, entre 2013 e 2019, recorte da série histórica que não sofreu impacto da covid-19, em média, 62 mil mulheres foram internadas a cada ano para tratamento da doença.

Os dados revelam ainda que 2020 e 2021 foram os anos com maior percentual de internações de carĂĄter de urgĂȘncia, em comparação ao nĂșmero total de registros. Nesse perĂ­odo, 17% das internações não foram de carĂĄter eletivo. Em todos os outros anos da série histórica, essa marca permaneceu abaixo dos 14%.

"O cenĂĄrio sugere que muitas pacientes não contaram com suporte clĂ­nico e ambulatorial, tendo que recorrer ao atendimento emergencial em prontos-socorros devido à gravidade dos sinais e sintomas", concluiu a entidade.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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