Morre ídolo inesquecível do futebol douradense

Ferrari ídolo maior do Ubiratan na conquista do campeonato de 1990

O campo verde, onde a grama sussurra segredos ao vento, um nome ecoa como um cântico: José João Ferrari, ou simplesmente Ferrari. Suas chuteiras, gastas pelo tempo e pelas glórias, agora repousam silenciosas. Hoje, o futebol chora a partida de um ícone, um herói que desafiou as traves e os limites do possível.

Nas tardes ensolaradas, Ferrari dançava com a bola nos pés. Sua magia transformava o simples gramado em um palco de sonhos. O gols que ele marcou no campeonato sul-mato-grossense de 1990 permanecem na memória coletiva de todos os ubiratanenses. A rede balançou, e com ela, os corações dos torcedores do Ubiratan EC..

O Clube Atlético Douradense (CAD) também sentiu a genialidade de Ferrari. Meia esquerda habilidoso, ele driblava o destino e costurava jogadas como um poeta com a caneta. O vice-campeonato, a paixão da torcida, o grito de "Azulão da Marcelino Pires" ecoando nas arquibancadas. Ferrari era o elo entre o céu e a terra.

No Clube Atlético Douradense foi um camisa 10 de rara habilidade e maior ídolo de todos os tempos

Mas Ferrari não era apenas um jogador. Ele era um professor, um embaixador do futevôlei. Em Umuarama, sua cidade natal, ele ensinava aos jovens a arte de tocar a bola com os pés e o coração. Nas quadras de areia, sua paixão se multiplicava, e sua figura se tornava inesquecível.

Hoje, o apito final soou para Ferrari. Uma parada cardíaca o levou para além das quatro linhas. Mas sua essência permanece nos gramados, nas histórias compartilhadas, nos sorrisos das crianças que aprenderam com ele. O Paraná chora, Dourados lamenta, e o futebol guarda um espaço vazio.

Que os ventos levem as lembranças até os confins do campo. Que as estrelas formem constelações com seu nome. Ferrari, ídolo imortal, você é o verso mais belo do poema que o futebol escreve. Descanse em paz, eterno craque. Seu legado é eterno, como o amor pelo jogo que nos une.