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Deputado Federal Marcos Pollon e projetos para mulheres vítimas de violência

Deputado federal Marcos Pollon vota a favor de projeto que tipifica crime de abuso de poder em troca de benefício sexual

Por Antonio Neres em 09/03/2023 às 19:40:34

O deputado federal Marcos Pollon votou a favor nesta quarta-feira, 8 de março, do Projeto de Lei (PL) 4.535/2021, que torna crime condicionar a prática de dever de ofício à prestação de atividade sexual. Aprovada pela Câmara, a proposta será enviada agora ao Senado.

O Projeto de Lei 4534/21, de Tabata Amaral (PSB-SP) e outros deputados, inclui no Código Penal nova tipificação com pena de reclusão de 2 a 6 anos para o ato de condicionar um serviço ou ato de ofício a atividade sexual que envolva conjunção carnal ou a prática de outro ato libidinoso. Se a atividade sexual for consumada, a pena será de reclusão de 6 a 10 anos. Conforme a proposta, caso o agente seja funcionário público, a pena será somada àquela correspondente ao crime contra a administração pública.

Pollon votou a favor da emenda apresentada pelo deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que incluiu igual punição para aquele que exigir essa atividade sexual para não praticar algum ato que deva em razão de suas atribuições.

Não são raros os casos de assédio sexual envolvendo políticos no país. "É realmente abjeta a conduta de se valer de uma posição para se obter favores sexuais. Isso é uma prática que deve ser proibida e varrida da história do nosso país urgentemente", enfatizou o deputado Pollon em discurso nesta quarta-feira.

Deputado federal Marcos Pollon apresenta projeto que prevê isenção de IR para mulheres vítimas de violência

O deputado federal Marcos Pollon apresentou o Projeto de Lei 955/23 que prevê a isenção de imposto de renda para as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei Maria da Penha.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 1/3 das mulheres (33,4%) com 16 anos ou mais já sofreu violência no país, índice superior à média global de 27%.

Mato Grosso do Sul, conforme números do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV-USP) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foi o estado com maior taxa de feminicídios em 2022 do país, cerca de 8,3 a cada 100 mil mulheres. Neste ano, o Estado já registrou cinco feminicídios, em praticamente dois meses.

Durante a sessão de ontem, no Dia das Mulheres, o deputado ressaltou a importância da segurança às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. "As mulheres vítimas de violência devem ter um cuidado maior. O estado é obrigado a garantir a segurança e a integridade física da mulher e quando a mulher sofre violência o estado falhou. Então se o estado falhou, essa mulher tem que ser isenta de qualquer tipo de tributação. Se o estado não é capaz de oferecer segurança à mulher, essa mulher tem como compensação a isenção do imposto".

O texto, que insere dispositivos na lei 7.713/88, está em tramitação e será despachado para análise das comissões da Câmara.

Catarine Sturza
Assessora de Imprensa
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Fonte: Catarine Sturza - Assessora de Imprensa

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