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CPI: em 14/8, fizemos 1ª oferta de vacina à pasta da Saúde, diz gerente da Pfizer

Eram dois tipos de ofertas, de 30 milhões ou 70 milhões de doses do imunizante

Por Daniel Amaral em 13/05/2021 às 12:40:08

Em depoimento à CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13), o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, afirmou que a farmacĂȘutica fez em 14 de agosto do ano passado a primeira oferta de venda de vacinas para o Ministério da Saúde. Eram dois tipos de ofertas, de 30 milhões ou 70 milhões de doses do imunizante, que estava em desenvolvimento, com as mesmas condições de compra.

Segundo ele, em 18 de agosto, a Pfizer voltou a fazer as ofertas de 30 milhões e 70 milhões de vacinas, mas naquele momento havia um quantitativo adicional para o Brasil ao final de 2020. Em 26 de agosto, houve uma terceira oferta, com os mesmos números de doses. Também naquela ocasião, a Pfizer havia conseguido um pouco mais de unidades para o primeiro trimestre de 2021.

Segundo Murillo, as negociações eram feitas com o Ministério da Saúde. As primeiras reuniões ocorreram em maio e junho. Eram encontros exploratórios onde a Pfizer compartilhou o status de desenvolvimento da vacina. Em 16 de julho, a empresa forneceu ao Ministério da Saúde uma "expressão de interesse". Então, em 6 de agosto, a pasta manifestou "possível interesse" no imunizante da farmacĂȘutica, relatou Murillo. "Como consequĂȘncia, no dia 14 de agosto oferecemos nossa primeira oferta, vinculante", disse.

Mercado mais importante

Em sua fala inicial do depoimento à CPI da Covid, o gerente Carlos Murillo, destacou que o Brasil é o mercado mais importante para a Pfizer na América Latina e que, por isso, a farmacĂȘutica escolheu o País como um dos poucos no mundo para receber o estudo clínico da fase 3 da vacina da empresa - segundo ele, a primeira vacina eficaz e segura no mundo para a covid-19.

Nos contratos firmados, a empresa deve ter uma oferta de 200 milhões de doses, suficiente para imunizar quase metade de população do País.

Murillo lembrou que a vacina obteve o registro permanente pela AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) em 22 de fevereiro deste ano, com primeiro contrato fechado com o governo brasileiro em março para o oferecimento de 100 milhões de doses. "Nosso contrato prevĂȘ a entrega de 13,5 milhões de doses no 2Âș trimestre, mais 86 milhões no 3Âș trimestre. Consideramos hoje que, no 1Âș trimestre seremos capazes de fornecer ao Brasil 15,5 milhões de doses", relatou o representante da farmacĂȘutica.

Murillo destacou que nesta semana a empresa deve fechar o segundo contrato com o governo brasileiro, para mais 100 milhões de doses adicionais, com entrega prevista para o 4Âș trimestre deste ano. "Com satisfação e orgulho que sei que hoje vamos conseguir vacinar quase a metade da população do Brasil", disse o gerente geral, segundo quem a companhia não recebeu dinheiro de nenhum governo para desenvolver a vacina.

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