Criminalista carioca propõe teoria inédita que identifica a perda da moral, da vergonha e do medo como gatilhos centrais da delinquência e defende a reconstrução desses pilares como estratégia de prevenção social.
O Brasil pode estar diante de um novo marco conceitual na luta contra a criminalidade. A Teoria Tríplice da Delinquência (TTD), desenvolvida pelo criminalista José Maria da Silva Filho — o Dr. Zema —, começa a ganhar espaço nos debates sobre segurança pública, justiça penal e políticas preventivas.
Com sua proposta de reconstruir três pilares fundamentais — a moral, a vergonha e o medo — como freios internos do comportamento criminoso, a TTD vem sendo considerada por especialistas uma alternativa viável à velha dicotomia entre endurecimento penal e leniência institucional.
A teoria parte da observação clínica e de campo da realidade do crime no Brasil. José Maria da Silva Filho, conhecido nos meios jurídicos como Dr. Zema, atuou por mais de 15 anos como advogado criminalista em casos de grande repercussão no Rio de Janeiro, defendendo desde líderes de facções e milicianos até policiais penais e militares. "Nenhum desses homens nasceu delinquente. Eles foram perdendo os freios internos, um a um, até não restar mais nenhum", afirma.
Zema alia a experiência forense com o pensamento crítico. Ex-ativista e analista político, é hoje uma das vozes mais influentes da advocacia criminal carioca. Ao se debruçar sobre os bastidores da violência urbana, desenvolveu uma teoria que une Direito Penal, Psicologia Social, Filosofia Política e Gestão Pública. "O Estado precisa ir além do cárcere. É preciso blindar a sociedade por dentro", diz.
A proposta prevê ações educativas, programas comunitários, treinamentos para agentes públicos e campanhas de comunicação institucional voltadas à restauração dos três pilares comportamentais. Para o autor, enquanto a repressão age sobre o ato, a reconstrução moral pode impedir que ele aconteça.
Fonte: Redação MS WEB RADIO e Mídia MS Digital