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Alunas de medicina expõem paciente no TikTok e revoltam famĂ­lia!

Caso de paciente transplantada gera debate sobre ética e responsabilidade nas redes sociais.

Por Antonio Neres em 09/04/2025 às 20:23:58

Um caso envolvendo estudantes de medicina e a exposição de informações de uma paciente no TikTok gerou grande repercussão e levantou discussões sobre ética profissional e responsabilidade nas redes sociais.

A situação ganhou notoriedade após a divulgação de detalhes clĂ­nicos de uma paciente transplantada, cuja identidade, embora não revelada diretamente, tornou-se identificĂĄvel a partir das informações compartilhadas. A paciente em questão é conhecida por ter passado por trĂȘs transplantes de coração, um caso raro no Brasil.

"A conduta de duas estudantes de medicina que, em rede social, divulgaram ou comentaram aspectos clĂ­nicos relacionados a uma paciente transplantada levanta graves questões jurĂ­dicas, éticas e morais, especialmente no que diz respeito ao dever de sigilo profissional, à proteção de dados pessoais sensĂ­veis, à dignidade da pessoa humana e aos direitos de personalidade da paciente." disse a advogada Dra. Antilia Reis.

A atitude das estudantes infringe o Código de Ética Médica, que resguarda o sigilo entre médico e paciente, estendendo-se a todos os profissionais e estagiĂĄrios da ĂĄrea da saĂșde. O Código de Ética do Estudante de Medicina (ABEM) também veda a divulgação de informações sensĂ­veis de pacientes, especialmente em redes sociais.

"A exposição indevida de informações clĂ­nicas de uma paciente submetida a transplante não constitui apenas infração ética, mas também uma ofensa direta aos direitos constitucionais da personalidade, intimidade, vida privada, imagem e honra. O dano moral, nesses casos, é presumido, é desnecessĂĄria a prova do sofrimento psĂ­quico ou abalo emocional da vĂ­tima. Basta a comprovação da conduta ilĂ­cita e da violação de direito da personalidade." destaca Antilia.

A advogada Antilia Reis ressaltou a gravidade de casos de transplante cardĂ­aco e seus impactos na vida dos familiares e pacientes, elementos cruciais na avaliação de denĂșncias por danos morais.

"O transplante de órgãos, além de envolver aspectos médicos extremamente sensĂ­veis, toca profundamente a esfera emocional, espiritual e social do paciente e de seus familiares. A publicização indevida do caso em redes sociais, especialmente se realizada com tom de piada ou desrespeitoso, agrava a ofensa e pode aumentar o valor da indenização". concluiu Antilia Reis.

Ainda segundo Antilia, a instituição de ensino superior pode ser responsabilizada caso seja comprovada omissão na orientação e fiscalização de condutas incompatĂ­veis com a formação ética e jurĂ­dica de seus alunos. A responsabilidade solidĂĄria do Incor também é cogitada.

Casos como este nos fazem questionar: serĂĄ que as universidades estão realmente preparando os futuros médicos para lidar com as responsabilidades éticas da profissão, ou estão apenas focadas no tecnicismo? Porque, convenhamos, expor um paciente nas redes sociais buscando uns likes é de uma irresponsabilidade absurda, ainda mais quando se trata de um caso delicado como um paciente transplantado.

*Reportagem produzida com auxĂ­lio de IA

Fonte: Redação MS WEB RADIO e MĂ­dia MS Digital

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