Por José Tibiriçá Martins Ferreira*
Na década de 50 apareceu um espertalhão na região e lançou a venda de um loteamento onde seria construída a futura cidade de Carumbé.
Meu pai como outros, de boa fé, adquiriu um lote a vista por Cr$ 1.000,00 no ano de 1956. Foi o tal do conto do paco ou do vigário, termos que se dava quando alguém caia na armadilha e perdia alguns trocados. A cidade ficou apenas no papel, o recibo da venda foi expedido pela Colonizadora São Paulo que segue anexo.
Toda vez que passo por Carumbé me vem a mente esse caso contado por meu pai. O Municipio de Itaporã tinha se emancipado em 10 dezembro de 1953, três anos antes dessa arapuca.
Karumbe significa = Tartaruga e há um rio que passa por ali com esse nome.
Karumbe é uma palavra oxítona e não leva acento, sua última sílaba o E é pronunciado aberto. O Municipio de Itaporã além de ter o nome indígena que significa pedra bonita, dois de seus distritos também, Piraporã e Karumbe nominafos pelos primeiros habitantes da região, o primeiro tem o significado de peixe bonito e o segundo tartaruga. Karumbe é escrito com K porque no alfabeto guarani não existe o C e os demais lugarejos Tatuí significa tatuzinho e Itaqueri, rio da pedra dormente.
Neste jornal aparece o anúncio do aniversário Sr. Sócrates Câmara no registro social em 1955.
No dia 11 de novembro de 1951 no jornal de número 30 na sua terceira página há uma declaração do Sr. Onofre Pereira de Matos, comerciante ali e líder político ligado ao PSD onde faz um apelo junto aos deputados estaduais Rachid Mamed da UDN e Dr Camilo Ermelindo da Silva do PSD em favor da região do Carumbé.
Dourados-MS, fevereiro de 2025.
*José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado e produtor rural.
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