O dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, registrando um aumento de 0,45%, cotado a R$5,7304. Essa alta interrompe sete semanas consecutivas de perdas semanais, acumulando um ganho de 0,58% na semana.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também subiu 0,42%, atingindo R$5,736 na venda às 17h04. A cotação do dólar turismo ficou em R$ 5,744 para compra e R$ 5,924 para venda.
A cautela dos investidores em relação às incertezas no cenário internacional influenciou a valorização do dólar. Essas incertezas envolvem questões comerciais, geopolíticas e macroeconômicas.
Um dos principais focos de atenção são os planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump. Trump tem feito ameaças constantes de impor tarifas a diversos países e setores, incluindo uma nova taxa de 10% sobre produtos chineses já em vigor. Recentemente, ele adicionou madeira e produtos florestais à lista, que já inclui automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. Uma tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio também foi prometida.
Apesar das ameaças, a expectativa é que as tarifas não sejam imediatas, permitindo espaço para negociações. Outro fator relevante são as negociações para o fim da guerra na Ucrânia, com conversas entre os EUA e a Rússia.
"Trump deseja saber se a Rússia está falando sério sobre o fim da guerra na Ucrânia." concluiu o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, após encontro com autoridades russas.
A divulgação de dados econômicos dos EUA também está sendo monitorada pelos mercados, incluindo a pesquisa PMI da S&P Global sobre os setores industrial e de serviços, e números de confiança do consumidor da Universidade de Michigan. Os operadores preveem uma redução nos juros do Fed.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista ao ICL Notícias que, com a recente queda do dólar e uma safra melhor, o governo espera estabilização dos preços em um "patamar mais adequado".
Em resumo, a alta do dólar reflete a combinação de incertezas externas, principalmente relacionadas aos planos de Donald Trump, e a expectativa de redução dos juros pelo Fed. No cenário interno, o governo brasileiro espera uma estabilização dos preços.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Redação MS WEB RADIO e Mídia MS Digital