Por PAULO PEDRA*
O condutor mor dos asininos brasileiros decretou que a culpa dos preços altos dos alimentos é dos consumidores. Como malandro vendedor de castelos de areia, encantou jumentos de todos os rincões com a promessa de picanha e cerveja.
A sedução funcionou e milhares foram abduzidos pelo canto da sereia para o mundo das maravilhas. Como nos contos, a picanha virou abóbora e a cerveja que deveria ser farta está em falta.
O sonho acabou, o dinheiro não restou e a vida piorou. São sem graça essas rimas pobres. O engraçado mesmo é assistir os líderes dos muares proclamarem que se a alface está caro, comam chicória, que por sinal é de horroroso sabor.
No outro lado, no topo da pirâmide, os donos do poder fodem com o povo e gozam com a montanha de dinheiro que arrecadam às custas do suor de quem trabalha e produz.
Para realeza, sustentada por um judiciário ativista e militante e um congresso prostituto, a vida é o jardim de Alá. O luxo é parte da rotina diária e secreta pelos próximos 100 anos. Esbajanja quem pode e quem não pode, se sacode.
O líder ocupa os noticiários para bradar contra políticas americanas conservadoras, orientado pelo seu novo Goebbels, enquanto as ditaduras amigas prosperam e reduzem o povo a lixo descartável. O cara não dá conta de cuidar do seu terreiro e acha que pode dar pitaco nos dos outros.O pai herói dos jumentos (o que equivale a asininos, segundo o Google), aconselha em pronunciamento nacional os brasileiros a parar de consumir coisas supérfluas como arroz, feijão, café, como forma de baixar os preços destes produtos.
*Escritor crítico dos assuntos cotidianos de Mato Grosso e Brasil. Com ele é na pedrada!
Fonte: Redação MS WEB RADIO e Mídia MS Digital