Ao chegar ao Rio de Janeiro para a CĂșpula de LĂderes do G20, Tedros fez referĂȘncia à iluminação azul projetada no Cristo Redentor, em apoio ao movimento global de combate ao HPV e pela eliminação do câncer do colo do Ăștero. "Esse é o Ășnico câncer que temos todas as ferramentas para eliminar", postou o diretor da OMS nas redes sociais.
Dados do Ministério da SaĂșde indicam que o Brasil registra, em média, 17 mil casos e cerca de 6,5 mil mortes por câncer do colo do Ăștero todos os anos. A doença figura como o terceiro tumor mais incidente entre a população feminina, atrĂĄs apenas do câncer colorretal e do câncer de mama.
Em nota, a pasta reforçou a estratégia atual de uma Ășnica dose contra o HPV para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos por meio da estratégia de vacinação nas escolas. Em 2023, segundo a pasta, a cobertura vacinal no paĂs para o HPV aumentou em 42% quando comparada a de 2022.
O comunicado destaca também a inclusão de novos grupos, classificados como em situação de vulnerabilidade para a imunização contra o HPV, como vĂtimas de violĂȘncia sexual e usuĂĄrios de profilaxia pré-exposição (PrEP).
A pasta cita ainda o processo de incorporação da testagem molecular do HPV ao Sistema Ănico de SaĂșde (SUS). Com apoio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Ministério informou que elabora novas diretrizes, a serem submetidas à consulta pĂșblica, para orientar a implantação da tecnologia nos estados e municĂpios.
O câncer do colo do Ăștero, também conhecido como câncer cervical, é causado pela infecção genital persistente provocada por alguns tipos de HPV. O vĂrus, sexualmente transmissĂvel, é frequente na população.
O contĂĄgio pode ser evitado por meio do uso de preservativos. A imunização, entretanto, é considerada a forma mais eficaz de se proteger da infecção e, consequentemente, de prevenir o desenvolvimento do câncer do colo do Ăștero.
A presença do vĂrus e de lesões pré-cancerosas pode ser identificada por meio de exames preventivos. O quadro é curĂĄvel na quase totalidade dos casos. Outros fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal são o tabagismo e a baixa imunidade.
Atualmente, podem se vacinar contra o HPV, no SUS, os seguintes grupos:
- adolescentes de 9 a 14 anos;
- vĂtimas de abuso sexual;
- pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos com idade entre 9 e 45 anos.
Fonte: AgĂȘncia Brasil/Redação da MS WEB RĂDIO